Em tempos que se esgarçam na neblina dos ventos, amei um belo moço, a quem lhes fazia até o almoço. Amava-o como se não houvesse o amanhã, até mais que minha própria irmã.
Brigávamos como qualquer casal comem, mas no fim éramos apenas um. Nos primeiros tempos, ele punha bilhetes sob o travesseiro, pedindo perdão. Eu, por minha vez, aceitava, por paixão.
Pelas manhãs, caminhávamos na praia, logo após um banho de mar, para refrescar.
Chegava cansada do trabalho, mas meu amado logo que vinha, para rirmos em sintonia.
Havia boatos de que alguém no meu bairro fora traída, a pior sensação de uma mulher deve ser essa: raiva, tristeza, ódio, tudo em um só coração.
Frequentemente me assustava no breu da noite, mas logo virá que meu marido acabara de chegar, com uma caixa de Bom-Bom para me alegrar.
Outras noites eu ouvia-o chorar, interrogava-o pelo motivo da tal causa, mas nenhuma resposta encontrava.
Por um tempo, ouvi fofocas de que eu estava sendo traída, mas logo em seguida meu marido se partira.
Ah, como era bom amar...
Produzido por: minha autoria.